A identidade e a consciência terrena
“A união
planetária é a exigência racional de um mundo encolhido e interdependente”.
Em comparação
com cinqüenta anos atrás, hoje se vai muito mais rápido, por exemplo, do Rio de
Janeiro a Tóquio, no lado oposto do planeta. As trocas comerciais entre os
países são cada vez mais intensas e as viagens de um ponto a outro cada vez
mais freqüentes. Isso nos dá a impressão de que a superfície terrestre ficou
menor, de que o mundo ficou encolhido.
A
mundialização favoreceu o progresso das ciências, da tecnologia, da economia,
mas ao mesmo tempo fez a humanidade esquecer a semelhança básica que existe
entre todos os povos. De que a humanidade é uma só e ocupa o mesmo espaço
geográfico: a superfície do planeta Terra. Edgar Morin* afirma que “todos os
humanos, desde o século XX, vivem os mesmos problemas fundamentais de vida e de
morte e estão unidos na mesma comunidade de destino planetário”. Tal união,
segundo o autor, pede a consciência e um sentimento de pertencimento mútuo que
nos una à nossa Terra. Por isso, é necessário aprender a “estar aqui” no
planeta. Isso significa que é necessário aprender a ser, a viver, dividir e
comunicar como humanos do planeta Terra, não mais somente pertencer a uma
cultura, mas também ser terrenos.
Devemos nos
dedicar não só a dominar, mas a condicionar, melhorar, compreender. É
necessário educar para os obstáculos à compreensão humana, combatendo o
egocentrismo, etnocentrismo e o sociocentrismo, que procuram colocar em posição
secundária aspectos importantes para a vida das pessoas e das sociedades.
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