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Alana Bransford Chaussê
Professora de Língua Portuguesa. Sou educadora desde o ano de 2002. Gosto muito do que faço, apesar de todos os obstáculos e dificuldades que encontro no meio do caminho. Tenho o compromisso de garantir uma educação de qualidade. Para mim, educar para cidadania é de fundamental importância. É necessário ensinar as nossas crianças e jovens não só a ler e escrever, mas a olhar o mundo a partir de novas perspectivas. Ensinar a ouvir, falar e escutar, despertar os educandos para a consciência dos direitos e deveres, a desenvolver atitudes de solidariedade, a aprender dizer 'NÃO' ao individualismo e 'SIM' à paz.
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terça-feira, outubro 26, 2010

Introdução aos estudos linguísticos

RESUMINDO O QUE ISSO QUER DIZER:

Os estudos da linguagem mais antigos que se tem registros são os dos filósofos gregos Platão e Aristóteles. O primeiro descreve a linguagem como irregular por refletir a própria irregularidade da natureza, o segundo defende a arbitrariedade, isto é, a linguagem acontece devido à convenção social e varia de acordo com o sistema fonológico de cada língua.
A partir do século XVIII surgem novas corentes, que contribuem para o surgimento da linguística histórica e a consolidação da linguística comparativa no século XIX. No ramo da linguística comparativa destaca-se o alemão Franz Bopp que estuda e compara as relações de parentesco entre línguas da mesma família (sânscrito, latim, germânico grego, entre outras), contribuindo para a constituição de uma ciência autônoma, a futura Linguística.
Quanto ao século XX, houve algumas inovações metodológicas. Sobressai-se o suíço Ferdinand Saussure que entendia a Línguística como uma ciência mais geral dos signos, conceitua a língua como um sistema imutável por ser o produto social da linguagem, exterior aos indivíduos. Ele ainda apresenta o conceito de signo linguístico por meio dos termos significado que é o conceito e reside no plano do conteúdo, e significante que é uma imagem acústica e consiste no plano da forma.
Posteriormente, surge o professor de Linguística Francesa, André Martinet, seguindo a linha do funcionalismo linguístico - corrente de pensamento que analisa a língua, particularmente a gramática, de acordo com sua função dentro da situação comunicativa. Além dele, merece destaque, outros como Jakobson e seu estudo a respeito das funções da linguagem e Trubetzkoy, cujo foco principal foi o campo da fonologia.
Ainda, a partir dos anos 60, o linguista Noam Chomsky denomina a linguísitca gerativo-transformacional ou gramática gerativa, para descrever e explicar a capacidade linguística dos falantes, com isso, estabelece o conceito de competência e desempenho. Em sua teoria, competência é a capacidade inata de produzir infinitos enunciados a partir de regras finitas da língua e o desempenho está condicionado à formação sociocultural do indivíduo. Para Chomsky, a linguagem é um meio para exprimir pensamentos e não um sistema social de comunicação através do uso de símbolos.

OBRA LITERÁRIA E NÃO-LITERÁRIA

  • O QUE DISTINGUE UMA OBRA LITERÁRIA DE UMA NÃO-LITERÁRIA?

A primeira distinção entre o literário ou não-literário é a que se refere à expressão da realidade. A obra literária é expressa de uma forma mais subjetiva, ao contrário da não-literária na qual a realidade é transmitida de maneira mais objetiva. Para a arte literária, importa a elaboração especial das palavas num texto. Por isso, há uma diferença enorme entre um texto de manual de instruções e um texto literário, entre uma notícia de jornal e uma página de romance. Ainda, há uma distinção quanto ao conteúdo; a obra literária tem caráter ficcional, fantasioso, mexe com o imaginário, a não-literária possui um aspecto objetivo, universal e não-ficcional. A linguagem literária é carregada de significado, vem da experiência pessoal, subjetiva, cheia de emoções e utiliza-se de recursos dos mais variados, como as figuras de linguagem e figuras de pensamento que assumem diferentes graus de entendimento, dão especificidade própria à obra literária.