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Alana Bransford Chaussê
Professora de Língua Portuguesa. Sou educadora desde o ano de 2002. Gosto muito do que faço, apesar de todos os obstáculos e dificuldades que encontro no meio do caminho. Tenho o compromisso de garantir uma educação de qualidade. Para mim, educar para cidadania é de fundamental importância. É necessário ensinar as nossas crianças e jovens não só a ler e escrever, mas a olhar o mundo a partir de novas perspectivas. Ensinar a ouvir, falar e escutar, despertar os educandos para a consciência dos direitos e deveres, a desenvolver atitudes de solidariedade, a aprender dizer 'NÃO' ao individualismo e 'SIM' à paz.
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terça-feira, setembro 28, 2010

ELEIÇÕES - SUGESTÃO DE ATIVIDADES II



LEITURA
O pior analfabeto é o analfabeto político.
Ele não ouve, não fala, nem participa
dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe que o custo de vida,
o preço do feijão, do peixe, da farinha,
do aluguel, do sapato e do remédio
dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e estufa o peito
dizendo que odeia a política.
Não sabe o imbecil que da sua ignorância política
nasce a prostituta, o menor abandonado, o assaltante
e o pior de todos os bandidos,
que é o político vigarista, pilantra,
o corrupto e lacaio
das empresas nacionais e multinacionais.

Texto de Bertold Brecht, escritor e teatrólogo alemão (1898/1956)




DEBATE (Sala em círculo)

É possível ser analfabeto e não ser analfabeto político? Por quê?


ESTUDO DO VOCABULÁRIO

Pesquise no dicionário e escreva os significados de acordo com o texto lido.

a) orgulho
b) imbecil
c) ignirância
d) vigarista
e) pilantra
f) corrupto
g) lacaio

EXPRESSÃO ARTÍSTICA

* Expresse o "analfabeto político" num desenho. (Fazer uma exposição com os desenhos)

* Cantar o poema como se fosse um rap.

* Declamar o poema: chorando, sorrindo, com raiva, gritando, baixinho... (Atividade em grupo)

QUESTÕES PARA REFLEXÃO

1. É importante participar dos acontecimentos políticos do país? Por quê?

2. De que forma podemos participar dos acontecimentos políticos?

3. O que você entende por custo de vida?

4. Por que o preço do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas?

5. Cite exemplos de decisões políticas no Brasil.

6. Como você vê o fato de alguém odiar a política?

7. Quais as características de um analfabeto político?

8. O autor do texto afirmou que "o pior analfabeto é o analfabeto político". Nesta afirmação há uma outra crítica. Qual?

9. Bertold Brecht tambémdisse que "o pior de todos os bandidos é o político vigarista, pilantra...". Como podemos interpretar essa afirmação do autor?

10. O que fazer quando ficamos sabendo que um político está agindo desosnetamente?

ELEIÇÕES - SUGESTÃO DE ATIVIDADES



LEITURA

O voto e a cidadania

O voto é o símbolo da participação cidadã. Ao sairmos pelas ruas da cidade, percebemos que o assunto do momento é política, como se em algum outro momento isso não existisse, e como se nós todos não fizéssemos parte disso. O que podemos perceber é que existe uma grande desilusão, descrédito com quem faz a política. Uma frase que se ouve com freqüência neste período é “odeio política”. Como chegamos a este ponto? Um país que lutou tanto pela democracia, pelo direito ao voto e que agora passa a abominar este que é o maior símbolo da democracia?

Existe uma minoria privilegiada com direitos, existe o analfabetismo, a desorganização da sociedade civil, a impunidade, a dificuldade em reivindicar nossos direitos. Precisamos suplicar, e esperar, esperar muito. Somos um povo politicamente pobre, pois estamos nos acostumando com tudo isso, achando que deve ser assim, que este é o único caminho que podemos seguir. Não nos organizamos para reagir, não lutamos para que isso se modifique. Esperamos que alguém faça isso por nós. Este alguém possivelmente seja o político no qual depositamos o nosso voto e esperamos que faça algo por nós.

É bem verdade que nossa experiência com o voto ainda é muito curta, nova. No entanto, já deveríamos ter percebido que a representatividade se faz quando nos fazemos presentes, atuantes. Não podemos nos dar ao luxo de termos memória curta e nem de trocarmos o nosso voto por favores pessoais, ou sacolas básicas. Pois para memória curta se paga um alto preço: o de repetir erros. A sacola básica é uma só. Pode durar por um mês, no máximo. No entanto o “estrago” que um determinado político pode fazer pode durar muito, mas muito tempo mesmo, e interferir diretamente em nossas vidas. Ao trocar o nosso voto por uma sacola básica, estamos nos condenando a dependermos dela como um favor, uma esmola, com a possibilidade de se tornar o “básico” em nossas vidas. Nada além de uma sacola “básica.”

A política não acontece fora de nossas vidas, ela interfere diretamente nelas. Então, é hora de parar de trocar a vida por um aperto de mão, beijo, abraço, sorriso, sacola básica, promessas. O voto é muito importante e, através dele, estamos construindo a história de nossa sociedade. Que esta seja uma história da qual possamos nos orgulhar.

Alexandra Garcia Mascarenhas,
socióloga de Pelotas, RS.
Endereço eletrônico: alexandramascarenhas@yahoo.com.br

QUESTÕES PARA DEBATE
1. É importante participar dos acontecimentos políticos do país? Por quê? 2. De que forma podemos participar dos acontecimentos políticos? 3. Como você interpreta o fato de alguém odiar a política? 4. A decisão do indivíduo não querer participar dos acontecimentos políticos é um ato de ignorância? Justifique. Em que isso interfere na sociedade ou na própria vida do sujeito?


PRODUÇÃO DE TEXTO
Expresse sua opinião num texto, falando sobre a política brasileira.

terça-feira, setembro 14, 2010

Digitando sem teclado: possibilidades do Dasher

ESTOU FAZENDO TAMBÉM À DISTÂNCIA (PELA UFRGS/UAB) O CURSO DE FORMAÇÃO CONTINADA DE PROFESSORES EM TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ACESSÍVEIS, E COMPARTILHO COM VOCÊS UM TEXTO (UMA DAS ATIVIDADES PROPOSTAS NO MÓDULO 2 DO CURSO) QUE RELATA MINHA EXPERIÊNCIA AO UTILIZAR O PROGRAMA DASHER (ESSE SOFTWARE É UMA INTERFACE DE ENTRADA PARA TEXTO QUE UTILIZA ALGUM DISPOSITIVO COMPLEMENTAR QUANDO O TECLADO NÃO PODE SER USADO DE MANEIRA CONVENCIONAL. É TOTALMENTE GRATUITO) . A PROPOSTA DA ATIVIDADE ERA IMAGINAR QUE POR ALGUM MOTIVO TINHA UMA LIMITAÇÃO MOTORA E SOMENTE CONSEGUIA UTILIZAR O MOUSE. O DESAFIO ERA REALIZAR UMA ATIVIDADE DE ESCRITA UTILIZANDO SOMENTE O MOUSE.


Digitando sem teclado: possibilidades do Dasher

Instalar o programa foi muito fácil. Mas utilizá-lo...

A atividade foi muito importante e difícil porque levei tempo até conseguir digitar corretamente a primeira palavra. Considero-me uma pessoa persistente e vou à luta em busca dos meus ideais, mas realmente “me coloquei no lugar” de algumas pessoas portadoras de deficiência que encontram dificuldades devido às tecnologias não terem programas adequados para suprir suas necessidades, e que acabam desistindo.

Ao realizar a tarefa me senti uma pessoa com limitação porque tentei várias vezes escrever “Educação Inclusiva” e não passei da letra c. Procurava um lugar para clicar e apagar o que errei, mas não achei essa ferramenta no programa. Sei que com persistência o sujeito acaba aprendendo. Eu iria demorar a aprender e isso me faz lembrar que nossos alunos não são iguais, nem os considerados “normais” nem os PNEs. Cada um tem o seu ritmo próprio e nós seres humanos somos seres adaptáveis; é preciso somente respeitar o limite de cada um.

Penso que para uma pessoa que já nasce com uma limitação motora é mais fácil a adaptação, mas para quem se locomove perfeitamente e depois perde os movimentos é mais conflitante. E dizer que é bom e que estamos abertos a novos aprendizados é fácil, mas imaginar-se numa situação de limitação é diferente porque o “novo” gera medo, insegurança e dúvidas.

O programa Dasher é bom e contribui positivamente para quem dele necessita. O que considero positivo é que esse software é mais uma ferramenta que vem auxiliar os indivíduos com limitação motora a terem acesso à Educação, ao conhecimento – direitos de todos os cidadãos. Desse modo, precisamos implantá-lo nas escolas para que a inclusão realmente aconteça e “saia do papel”, da formalidade, e passe a significar dignidade e acessibilidade para todos.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Lembranças de uma escrita

Quero compartilhar com vocês (que acessam e acompanham meu blog) uma atividade que fiz há algum tempo (ainda estou cursando Letras Vernáculas na Uesc), da disciplina: PRÁTICAS EDUCATIVAS: Oficina de Leitura e Produção Textual. É um texto a respeito das minhas lembranças com o ato de escrever.

Lembranças de uma escrita

Aprendi a ler e escrever na escola, juntando as sílabas e formando palavras. Sou a filha mais nova, de três. Minhas irmãs estudaram o Fundamental em escola particular e sempre tinham livros para ler. Fui crescendo vendo minhas irmãs lerem muito. Isso foi um estímulo à minha leitura e escrita. Sempre fui sonhadora e tinha muita imaginação (ainda tenho), por isso, na época da escola era boa aluna na disciplina de Língua Portuguesa e gostava muito de escrever. Era muito tímida e escrever era uma maneira de colocar para fora tudo que pensava (se isso fosse possível). Assim, não tinha dificuldade com as palavras, sabia jogar com elas, por isso, tenho boas lembranças do meu contato com a escrita. E por ser boa aluna, produzir bons textos era muito estimulada pelas professoras. Lembro da professora Marlene quando eu cursava a 7ª série do Fundamental no Colégio Estadual de Itabuna, que proporcionou bons momentos de escrita, com paródias de poemas, como “E agora, José”, de músicas e uma atividade com o romance que cada aluno gostava (reescrita e resumo de alguns capítulos e partes do romance, do título e capa do livro, etc), o meu livro foi “Deus me livre”, de Luiz Puntel, tenho guardado até hoje e sempre pego o meu trabalho para reler as palavras da professora: caro aluno, nesse momento, convido você a mergulhar no livro que leu, registrando, colando, redigindo, escrevendo sobre a história e criando através das suas emoções e do seu parecer pessoal e único. Vamos lá? . Com isso, a professora me mostrou que eu era capaz de expor minhas idéias. Depois disso, realmente tive ânimo para ler mais livros e assim produzir os meus próprios textos.

Aconteceu: VIII encontro do PROLER e I Fórum de Políticas Públicas do Livro e da Leitura do Sul da Bahia


Aconteceu nos dias 08, 09 e 10 de setembro, no auditório Paulo Souto, na Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), o VIII encontro do PROLER e I fórum de Políticas Públicas do Livro e da Leitura do Sul da Bahia, sempre a partir das 8:00h. Eu participei e considero enriquecedor tudo o que ouvi e vi. Houve Oficinas e Mini-cursos no período da tarde. Muito bom. Participei da oficina: Teatralização do texto literário para o público infantil e do mini-curso: Leitura em sala de aula:linhas e entrelinhas (maravilhoso), com a profª Drª Maria D'Ajuda Aloma Ribeiro. (não tenho palavras para descrevê-la, foi ótima). Nesse encontro foi abordada a temática LEITURA: LETRAMENTOS, POLÍTICAS E PRÁTICAS CIDADÃS. Foram três dias intensivos de estudos, discussões e propostas de ações mobilizadoras de incentivo à leitura. Depois eu coloco as fotos.

Precisamos de mais momentos como esse. Pois, a formação do leitor passa pela formação do professor também. Será que "nós" educadores temos condições para sermos sujeitos das leituras que fazemos, para podermos fundamentar nossas práticas pedagógicas? É preciso que o professor seja um bom leitor e assim ele terá chance de ser um bom educador. É imprescindível que goste de ler e pratique a leitura. Como ensinar e/ou incentivar algo que não se pratica? As bibliotecas das nossas cidades e escolas tem algum projeto de incentivo à leitura? E os bibliotecários têm essa consciência? E as políticas públicas de incentivo à leitura estão sendo implantadas como deveriam? São reflexões pertinentes, que temos que nos perguntar a todo instante. E como diz Geraldo Vandré:"Quem sabe faz a hora, não espera acontecer".